segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Georges Méliès - O mestre dos efeitos especiais



No início do cinema, um homem soube explorar as possibilidades fantásticas da sétima arte. Não foi Thomas Edison nem os irmãos Lumière, inventores dos primeiros aparelhos, mas um ilusionista, ator de teatro e realizador francês: Georges Méliès. A ele devemos, entre outras coisas, os efeitos especiais.


Se tivesse seguido a tradição familiar Méliès poderia ter sido um bem sucedido fabricante de calçado de luxo em Paris. Mas o mundo do espetáculo e da magia era atraente demais para ele, com o dinheiro que recebeu da empresa familiar, tornou-se ator e prestidigitador e comprou o famoso teatro de Robert-Houdin, o grande mágico francês. Pouco depois, em 1895, assistiu à primeira apresentação pública do Cinematógrafo dos irmãos Lumière. Este acontecimento mudou o rumo da sua vida.


Fundou uma companhia cinematográfica, a Star-Films, e montou estúdios de gravação equipados com uma série de funcionalidades, como iluminação (natural e artificial), camarins e instalações para os atores, zona técnica, etc. Foi aqui que desenvolveu tudo aquilo que viria a se tornar a sua imagem de marca e futura linguagem do cinema, combinando artes teatrais, tecnologia e efeitos especiais. Alguns dos modernos processos de montagem nasceram nestes estúdios, como o corte, a paragem da câmara, o stop-motion, a sobreposição de imagens, as transições por dissolução (fade-in, fade-out), a manipulação gráfica da imagem, a utilização de ilusões de óptica e muitos mais.


Desta sua atividade resultaram mais de 500 filmes. O filme de maior destaque foi uma obra excepcionalmente longa para a época, com 14 minutos: Viagem à Lua (Le voyage dans la Lune), de 1902, baseado num romance de outro visionário seu conterrâneo, Jules Verne. A imagem fantástica do foguetão a atingir um olho da lua viria a tornar-se um dos grandes ícones visuais do século XX. Todos os seus filmes possuíam uma enorme dose de magia, fantasia e deslumbramento que Méliès tinha aprendido na sua primeira profissão de ilusionista e os complexos efeitos especiais, que tão bem sabia usar, eram o meio de que se servia para nos encantar.








Informações: http://obviousmag.org/



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